10 setembro 2015

CORA CORALINA - QUEM É VOCÊ?




















Sou mulher como outra qualquer.
Venho do século passado
e trago comigo todas as idades.
Nasci numa rebaixa de serra
Entre serras e morros.
“Longe de todos os lugares”.
Numa cidade de onde levaram
o ouro e deixaram as pedras.
Junto a estas decorreram
a minha infância e adolescência.
Aos meus anseios respondiam
as escarpas agrestes.
E eu fechada dentro
da imensa serrania 
que se azulava na distância
longínqua.
Numa ânsia de vida eu abria
O vôo nas asas impossíveis
do sonho.
Venho do século passado.
Pertenço a uma geração
ponte, entre a libertação
dos escravos e o trabalhador livre.
Entre a monarquia caída e a república 
que se instalava.
Todo o ranço do passado era presente.
A brutalidade, a incompreensão, a ignorância, o carrancismo.
Os castigos corporais.
Nas casas. Nas escolas.
Nos quartéis e nas roças.
A criança não tinha vez,
Os adultos eram sádicos
aplicavam castigos humilhantes. 
Tive uma velha mestra que já
havia ensinado uma geração
antes da minha.
Os métodos de ensino eram
antiquados e aprendi as letras 
em livros superados de que 
ninguém mais fala.
Nunca os algarismos me
entraram no entendimento.
De certo pela pobreza que marcaria
Para sempre minha vida.
Precisei pouco dos números.
Sendo eu mais doméstica do
que intelectual,
não escrevo jamais de forma
consciente e racionada, e sim
impelida por um impulso incontrolável.
Sendo assim, tenho a
consciência de ser autêntica.
Nasci para escrever, mas, o meio,
o tempo, as criaturas e fatores
outros, contra-marcaram minha vida.
Sou mais doceira e cozinheira
Do que escritora, sendo a culinária
a mais nobre de todas as Artes:
objetiva, concreta, jamais abstrata
a que está ligada à vida e 
à saúde humana.
Nunca recebi estímulos familiares para ser literata.
Sempre houve na família, senão uma
hostilidade, pelo menos uma reserva determinada
a essa minha tendência inata.
Talvez, por tudo isso e muito mais,
sinta dentro de mim, no fundo dos meus
reservatórios secretos, um vago desejo de analfabetismo.
Sobrevivi, me recompondo aos 
bocados, à dura compreensão dos 
rígidos preconceitos do passado.
Preconceitos de classe.
Preconceitos de cor e de família.
Preconceitos econômicos.
Férreos preconceitos sociais.
A escola da vida me suplementou
as deficiências da escola primária
que outras o destino não me deu. 
Foi assim que cheguei a este livro
Sem referências a mencionar.
Nenhum primeiro prêmio.
Nenhum segundo lugar.
Nem Menção Honrosa.
Nenhuma Láurea.
Apenas a autenticidade da minha 
poesia arrancada aos pedaços
do fundo da minha sensibilidade,
e este anseio:
procuro superar todos os dias
Minha própria personalidade
renovada, 
despedaçando dentro de mim
tudo que é velho e morto.
Luta, a palavra vibrante
que levanta os fracos
e determina os fortes.
Quem sentirá a Vida
destas páginas...
Gerações que hão de vir
de gerações que vão nascer.

Cora Coralina

04 setembro 2015

TRAZENDO CRIATIVIDADE PARA SUA VIDA







KUAN YIN

Kuan Yin

Nas últimas décadas, o culto à Deusa da Compaixão e do Perdão, a Mestra Ascensionada Kuan Yin, se espalhou por todas as Américas, pela Europa e pela África, quase sempre em sua forma feminina. Como é de se esperar de um ser de tamanha grandiosidade e humildade, a Mestra Kuan Yin de adapta, mais uma vez, aos ventos da liberdade de gênero que sopram sobre os países democráticos -- a igualdade de direitos civis entre homens e mulheres, independentemente de suas preferências sexuais. A sua presença é sentida hoje no ambiente dos cursos de Reiki onde o Mestre segue os princípios originais daquela Terapia. Os iniciados na Fraternidade Secreta da Mestra Kuan Yin, que sobrevive ilegalmente na China, dizem que qualquer pessoa, de qualquer crença, que invoque um contato com a energia da Mestra Kuan Yin ela atende, mesmo aqueles que nunca ouviram falar nela. (Wikipédia)

Kuan Yin é cultuada em vários países da Ásia Oriental possuindo várias denominações como, Kwun Yum (em Hong Kong); Kannon, Kanzeon Bosatsu ou Kwannon (no Japão); Quan m (no Vietnã); Kuan Eim ou Mae Kuan Im (na Tailândia); Tara Verde (no Tibete); Gwan-eum ou Gwaneum Bosal (na Coreia); e Guan Shi Yin, Kuan Shi Yin ou abreviada como Kuan Yin (na China) -esta última denominação é como a conhecemos. 
No Reiki  ela é conhecida por Kannon, a deusa da Grande Compaixão, ela é um Bodhisattva, e em seus votos jurou levar todos os seres à felicidade. Em sua iconografia aparece sob uma das formas de suas virtudes. No Reiki ela é importante porque é o ser espiritual que está por trás do símbolo Sei He Ki, e ocupa lugar importante nas iniciações do reikiano. Por Antonietta Forcione. 


01 setembro 2015

Lua Fora de Curso - Setembro 2015



Quando a Lua está Fora de Curso a probabilidade das coisas que iremos resolver, negócios a fechar, planos a iniciar não darem certo é muito grande. Caso seja possível adiar decisões importantes nesse período de Lua Fora de Curso é o melhor a fazer.

Reflexão

Mundo das Mandalashttp://www.mundodasmandalas.com/site/

"Quando cada célula do seu corpo estiver tão presente que você a sente vibrar de vida, e quando sentir cada momento dessa vida como sendo a alegria do Ser, então poderá dizer que está livre do tempo. O problema não são as contas de amanhã. A morte do corpo físico não é um problema. A perda do Agora é que é o problema, ou antes, a ilusão central que transforma uma mera situação, um simples acontecimento ou uma emoção, num problema pessoal e num sofrimento. A perda do Agora é a perda do Ser. Estar livre do tempo é estar livre da necessidade psicológica do passado para formar a sua identidade e do futuro para atingir a sua realização pessoal. O melhor indicador do seu nível de consciência é a maneira como lida com os desafios da vida quando eles surgem."
Eckhart Tolle 

NOSSOS PENSAMENTOS

As Mandalas podem nos ajudar a ter mais foco, centramento e atenção. Assim podemos interferir no nosso modo de pensar. O vídeo explica de fo...