07 novembro 2012

Mandalas de Poemas de Rumi


Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.
Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.
Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
 Em torno do sol.


Desde que chegaste ao mundo do ser,
uma escada foi posta diante de ti, para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
depois, te tornaste planta,
e mais tarde, animal.
Como pode isto ser segredo para ti?
Finalmente, foste feito homem,
com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo - um punhado de pó -
 vê quão perfeito se tornou!
 Quando tiveres cumprido tua jornada,
                                            decerto hás de regressar como anjo
                                            depois disso, terás terminado de vez com a terra,
                                            e tua estação há de ser o céu.



Na verdade, somos uma só alma, tu e eu.
Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti.
Eis aqui o sentido profundo de minha relação contigo,
Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu.






Oh, dia, levanta! Os átomos dançam,
As almas, loucas de êxtase dançam.
A abóbada celeste, por causa deste Ser, dança,
Ao ouvido te direi aonde a leva sua dança.





Não temos nada além do amor.
Não temos antes, princípio nem fim.
A alma grita e geme dentro de nós:
- Louco, é assim o amor.
Colhe-me, colhe-me, colhe-me!


Ilustrações Mundo das Mandalas





Rumi, poeta, jurista e teólogo sufi do século XIII.  Nasceu na Pérsia e viveu a maior parte de sua vida sob o Sultanato de Rum, na região onde hoje é a Turquia.  Após sua morte seus seguidores e seu filho Sultan Walad fundaram a Ordem Sufi Mawlawiyah, conhecida como Ordem dos Dervishes Girantes, famosos por sua dança sufi.









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